Hoje é quinta-feira. Daqui uns 2 dias algumas pessoas se darão ao prazer do "dia do lixo". Aquele dia lindo em que comemos tudo o que temos direito e mais um pouco, sem sentir (será?) a culpa de sair da dieta.
E, aí, caímos naquela situação de restrição e vontades que nunca passam.
Quando sentimos vontade de comer alguma coisa, não dá para a gente substituir uma coisa por outra. Se a vontade é de chocolate, coma o chocolate. Não adianta tentar substituir por banana, leite desnatado, barrinha de cereal... No final das contas, teremos comido todos os alimentos, inclusive o chocolate - e a sensação de culpa que estará presente será a maior de todas.
E então eu pergunto: É, realmente, necessário restringir um alimento ou grupo alimentar no seu dia a dia e passar vontade?
É preciso eliminar determinados alimentos do nosso dia a dia porque eles apresentam um valor calórico superior aos demais alimentos e nutrientes de menos? Restringir será a solução?
Ou será preciso aumentar os níveis de atividade física, a musculação na academia, os exercícios de modo geral, até a estafa completa?
Depois disso, só o que surge é o descontrole. E, normalmente, junto com ele, o aumento indesejado dos quilos que foram perdidos com tanto esforço e sacrifício.
A restrição alimentar, na quantidade e na qualidade, não leva a uma perda de peso saudável, já que ela é brusca e com ela muitas outras situações podem surgir, inclusive uma intolerância à glicose ou mau aproveitamento da insulina.
Daí vem a pergunta: Como assim?
Quando fazemos dieta muito restrita, consumindo pouca quantidade de alimentos e com longos períodos de jejum, no momento em que nos alimentamos, nosso corpo libera uma grande quantidade de insulina para o aproveitamento glicêmico. O problema é que a insulina é um hormônio lipogênico, ou seja, provoca formação de gordura. E aí, nós engordamos.
Quando falo que não comer também engorda, o susto é grande, porque o número de dietas que restringem e evitam o consumo é enorme - mas não resolvem nada, e ainda podem provocar transtornos relacionados à alimentação, o que complica mais ainda.
O ideal é se alimentar a cada 2 ou 3 horas, sem passar muito disso, em pequenas quantidades, de modo equilibrado, ou seja, com todos os nutrientes que o seu corpo precisa ao longo do dia.
Além de ser benéfico para o seu organismo, pois acelera o metabolismo, favorecendo o gasto energético, você vai conseguir controlar melhor o que quer comer e quanto quer comer do seu alimento preferido, sem fazer restrições e evitar aquilo que tanto ouve dizer que "não é saudável".
Saudável é sentir-se bem consigo mesmo. É estar bem com sua saúde física e mental, é ter atividades que lhe deem prazer ao longo do dia ou da semana, é comer bem e estar bem disposto para as situações do dia a dia e da vida.
Comer bem, não é comer muito, é comer com qualidade.
Dieta, pra quê?
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