segunda-feira, 9 de maio de 2016

Trabalho em Grupo...

E aí, turma, tudo lindo?

Os dias estão passando tão depressa que já faz um tempo da minha última postagem sobre um modo de trabalho. Vou explicar já, já.

Hoje atendi um paciente que me fez pensar e querer postar a respeito...

No dia 30 de março deste ano completei 10 anos de cirurgia bariátrica. Até pensei em escrever algo a respeito na época, mas deixei de lado, achei bobeira - estava enganada.

O paciente de hoje me conhecia quando eu era gorda.
Não me reconheceu hoje.
E, apesar de eu dizer, acho que não acreditou muito que eu era eu mesma e que havia emagrecido.

Quando optei pela cirurgia, há havia tentado muita coisa, se não puder dizer "de tudo", para emagrecer, mas a verdade é que eu tenho dificuldades para tratamentos a longo prazo, mais ainda quando este tratamento envolve comida - ou o ato de não-comer.

Em um ano, foram 50 kg embora.
Milhares de mudanças - muitas mesmo, mas a principal dela demorou a chegar e só veio 9 anos depois de operada, quando recebi o diagnóstico de esteatose hepática grau II - gordura acumulada no fígado.
Depois do 3º ano do procedimento da cirurgia bariátrica, voltei a engordar, durante a minha gestação e assim reganhei 20 kg. E, destes quilos, poucos foram embora depois que minha filha nasceu.
E assim, a esteatose me assustou um bocado.

Como nutricionista, sei dos riscos que a esteatose predispõe e o tratamento a ser seguido.
Como pessoa, precisaria de um esforço tremendo, pois envolveria mudanças de estilo de vida e de hábitos que carreguei comigo ao longo da vida.

Para tratar isso?
Reeducação alimentar e atividade física. Nada além disso.

E, junto com isso, o entendimento sobre os hábitos não tão adequados, a compulsão alimentar agora compreendida e aceita...

E assim foi. 
Durante o ano de 2014, com atividade física regular - caminhadas diárias de, no mínimo 1 hora -, e mudanças de hábitos, onde precisei controlar um pouco as quantidades que comia, sem deixar de comer absolutamente nada, foram embora 14 kg. Sim, saí dos 92 kg para os 78 kg em 10 meses.

Uma média de 1,4 kg por mês, sem deixar de comer, apenas controlando as quantidades e realizando atividade física regular.

No ano seguinte, o último da faculdade, com estágios e muito estresse, engordei 6 kg, mas me sinto bem, disposta e meus exames todos com bons resultados - inclusive a endoscopia que antes apontava uma esofagite por refluxo, e o ultrassom de abdome, que apontava a esteatose, ambos, agora, normais.

Me formei Nutricionista e fui fazer o aprimoramento em Gerontologia. Trabalhar um pouco mais com os idosos e tentar buscar, de fato, uma linha de trabalho na minha área de formação.

Lendo e estudando, encontrei o caminho que buscava: 
  • mostrar que é possível ter saúde, mesmo apresentando obesidade;
  • mostrar que é possível perder peso, mesmo sem cirurgia bariátrica;
  • mostrar que é possível se aceitar e ser feliz, com o corpo que se tem.
Daí vieram os questionamentos: Como fazer isso? Será que de um modo simples e direto é possível ajudar aqueles e aquelas que precisam?

A resposta surgiu de algo que eu já conhecia, que já havia feito, mas com outra vertente.

E assim surgiu a ideia de formar um grupo terapêutico, com acompanhamento nutricional e psicológico no grupo e individualmente.

E o primeiro grupo, será meu trabalho de conclusão de curso do aprimoramento. Com temas pré-definidos e reuniões quinzenais, buscando a redução de peso e as mudanças de hábitos alimentares.

E, além disso, elaborar palestras para grupos de pessoas com assuntos de interesse geral.

Alguns temas de palestras que pensei foram:

  • Reeducação Alimentar e Hábitos de vida saudáveis;
  • Redução de Peso
  • Comportamento Alimentar no indivíduo com excesso de peso
  • A Importância de uma Alimentação Saudável
  • Modificando Hábitos no dia a dia, 
  • Orientação dietética para pacientes em uso de alimentação por via enteral (Sonda), 
  • Orientação de Alimentação para idosos, 
  • Alimentação para Bebês e Introdução Alimentar na Primeira Infância, 
  • Alimentação para Crianças - dos 2 aos 9 anos, 
  • Suplementação alimentar para Pacientes com Baixo Peso, 
  • Suplementação na prática esportiva... 

E assim por diante...

Todos somos lindos, cada um a sua maneira, com sua beleza, com suas características - tanto positivas quanto negativas, e acredito que meu trabalho vai ser bastante positivo.

O conceito de saúde não é apenas a ausência de doenças, mas o estado de completo bem estar, físico, social e psicológico. E isso é mundial e pode ser de cada um de nós. 


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