Hoje a vez é dela: beterraba!
Legume da família dos tubérculos
não-feculentos, esta raiz vermelha e adocicada é versátil e útil na cozinha e
pode ser utilizada em sucos, sopas e saladas, onde pode aparecer crua ou ralada.
Aparece, inclusive, nos bolos! O RedVelvet que o diga!
Na Europa, antigamente, o açúcar
utilizado era extraído da beterraba, a branca, que é bastante difícil de
encontrar por aqui, mas é um tanto mais doce que a vermelha. Durante a segunda
guerra mundial, chefs confeiteiros utilizavam sua polpa para dar cor aos bolos.
Existe inclusive uma sopa típica russa, borscht, em que a protagonista é a
beterraba. E no veludo vermelho é ela quem garante cor e textura a esse bolo tão
famoso!
Bem... Por que falar sobre ela
então?
Sabemos bem que todo mundo indica
o consumo da beterraba para “combater” a anemia. Sua cor vermelha leva as
pessoas a acreditarem que ela tem grande concentração de ferro, porém isso não é
uma verdade. Seu pigmento vermelho serve, sim, como antioxidante e ela possui
diversas vitaminas e minerais que são muito benéficos, mas o ferro não é um
deles.
De acordo com a TACO, 100 g de
beterraba tem o equivalente a 0,2 mg de ferro. Se compararmos à couve-manteiga,
que possui 0,9 mg de ferro em 100 g de alimento, vemos quão pouco é. Se
compararmos à carne bovina então, ela perde feio: 100 g de acém possui 1,8 mg
de ferro.
Indo além, o tipo de ferro
presente nos legumes e vegetais de modo geral, é do tipo não-heme, que é um
tipo menos biodisponível e que é melhor aproveitado na presença de vitamina C.
Os alimentos de origem animal, carnes, por exemplo, tem o tipo de ferro heme,
que é mais biodisponível, já que é igual ao do nosso sangue.
Consumir beterraba com frequência
é benéfico sim ao nosso organismo, porém pensar em combater anemia com ela é
uma furada. Principalmente se quem precisa repor ferro tem dificuldade em lidar
com seu sabor terroso.
Na cozinha, podemos usar em tudo
o que quisermos, até no arroz para deixa-lo colorido, mas para combater anemia
tem mesmo que apostar nas carnes e na reposição medicamentosa ou suplementação,
com orientação de médico e nutricionista, ok?
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